domingo, 27 de maio de 2012

Turismo em Minas Gerais

Com o objetivo de difundir e promover os destinos turísticos de Minas Gerais, foi realizado, neste mês de maio, o 4 Salão Mineiro de Turismo, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG). Além de disponibilizar informações sobre os roteiros de turismo no estado, o evento contou com palestras e apresentações culturais, e promoveu o artesanato e a gastronomia através da comercialização de produtos de diversas regiões mineiras.


Eu estive por lá e gostei muito. Em primeiro lugar, porque reuni uma série de dados sobre os principais destinos do estado, e que pretendo dividir com vocês aqui no blog aos poucos. Em segundo lugar, porque pude apreciar de perto produtos artesanais de diversas regiões mineiras e experimentar guloseimas como vários tipos de queijo, goiabada, doce de leite...

Ao todo 45 estandes divulgavam os circutos turísticos de Minas Gerais, conforme a divisão abaixo:

    Região Belezas do Cerrado
    01 – Lagos
    02 – Caminhos do Cerrado
    03 – Canastra
    04 – Triângulo Mineiro
    05 – Águas do Cerrado

    Região Coração das Gerais
    01 – Cipó
    02 – Villas e Fazendas de Minas
    03 – Lago Três Marias
    04– Verde – Trilhas dos Bandeirantes
    05 – Grutas
    06 – Ouro
    07 – Trilha dos Inconfidentes
    08 – Mata Atlântica de Minas
    09 – Veredas do Paraopeba
    10 – Caminhos do Indaiá
    11 – Trilhas do Rio Doce

    Região Caminho das Artes
    01 – Diamantes
    02 – Guimarães Rosa
    03 – Pedras Preciosas
    04 – Serra do Cabral
    05 – Lago do Irapé
    06 – Sertão Gerais
    07 – Noroeste das Gerais
    08 – Serra Geral do Norte de Minas
    09 – Velho Chico

    Região Estâncias do Sul
    01 – Terras Altas da Mantiqueira
    02 - Serras Verdes do Sul de Minas
    03 - Caminhos do Sul de Minas
    04 - Malhas do Sul de Minas
    05 - Caminhos Gerais
    06 - Águas
    07 - Grutas e Mar de Minas
    08 - Nascentes das Gerais
    09 - Vale Verde Quedas d´Águas
    10 – Montanhas Cafeeiras de Minas

    Região Trilhas da Natureza
    01 - Caminho Novo
    02 - Caminhos Verdes de Minas
    03 - Recanto dos Barões
    04- Nascentes do Rio Doce
    05 - Montanhas e Fé
    06- Serras de Minas
    07 - Pico da Bandeira
    08 - Serra do Brigadeiro
    09 - Serra do Ibitipoca
    10 - Serras e Cachoeiras

Creio que por essa lista dá para vocês perceberem a dimensão da riqueza turística do estado e também para imaginar o tanto de informações que recebi em um só dia de Salão Mineiro de Turismo.

Mas para quem não quer esperar que eu escreva sobre cada um destes destinos (até porque vai demorar muito mesmo para isso acontecer!), sugiro um site que já consultei diversas vezes ao longo destes oito anos que vivo em Minas Gerais. O www.descrubraminas.com.br é mantido pelo Senac e traz excelentes dicas sobre todos os circuitos turísticos do estado.

Confira e planeje sua viagem por Minas!

Fotos: Karine Vannucci

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Destino: Monte Verde (MG)

Ufa! Depois de longa temporada, esta é uma tentativa de voltar a publicar com uma certa assiduidade no blog. Tenho tido tantos compromissos profissionais e pessoais ultimamente que está difícil ter tempo (e principalmente ânimo!) para escrever. Mas vamos lá! Hoje vou falar sobre um destino que conheci há pouco tempo: Monte Verde.

Sobre Monte Verde
 

Distrito do município de Camanducaia, Monte Verde fica bem próximo à divisa entre os estados de Minas Gerais e de São Paulo e a cerca de 450 km de distância de Belo Horizonte, a capital dos mineiros. A vila se apresenta como um pedacinho da Suíca no sul de Minas Gerais. A temperatura é amena no verão (que tal 17 graus em pleno Carnaval?) e bastante baixa durante o inverno.


Antes de conhecer Monte Verde, ouvi algumas vezes que o lugar era a cidade de Campos de Jordão mais barata.  Na minha opinião, o vilarejo está ainda bem longe disso. Embora tenha o clima gostoso de montanha, um certo charme e algumas outras similaridades com o município paulista, Monte Verde não tem a estrutura e a organização da vizinha famosa. E esse fato não interfere exatamente nos preços. Realmente um passeio por lá sai mais em conta que em Campos do Jordão, mas os preços também não são tão baratos assim, principalmente no inverno.

Creio que o maior problema de Monte Verde para o visitante é o estado das ruas. Quando estive por lá, em fevereiro, as principais vias do lugar estavam dominadas por buracos e desníveis no piso. E não é aquela aparência de  destino rural ou de aventura, para onde você vai esperando mesmo ruas sem calçamento e acessos difíceis. É simplesmente aparência de desleixo. É fácil perceber que algumas das ruas foram asfaltadas um dia, pois há pedaços de asfalto no meio de ruas de terra. A pousada em que fiquei hospedada fica em uma avenida que praticamente só tem hotéis. E a rua inteira era exatamente assim.

Falando desse jeito parece que eu detestei o lugar. Pelo contrário, apesar dos problemas apontados, Monte Verde tem também muitas qualidades enquanto destino turístico. O principal deles talvez seja o ótimo atendimento em pousadas, lojas e restaurantes. Em geral, as pessoas são bastante gentis e acolhedoras. É um lugar desses para descansar muito, desfrutando das amenidades oferecidas pelas pousadas; curtir um passeio pela charmosa rua principal; comprar artesanato, doces, queijos; fazer trilhas para obter as melhores vistas da região; e comer e beber muito bem.

Como chegar

O acesso à Camanducaia é pela BR-381 (Rodovia Fernão Dias). Tanto para quem vai de Belo Horizonte quanto para quem vai de São Paulo a estrada é excelente. A distância de Belo Horizonte é de mais de 450 km, enquanto que de São Paulo e Campinas fica em torno dos 160 km. Para quem vai do Rio de Janeiro o trajeto aumenta para aproximadamente 550 km. De Camanducaia até Monte Verde são mais cerca de 30 km por uma estradinha asfaltada, porém estreita.

Para quem não vai de carro, há diversos horários de ônibus entre São Paulo e Camanducaia. De lá, é só pegar  um outro ônibus até Monte Verde. Mas é preciso estar atento, pois o último horário de circulação desta linha é 19h, de segunda-feira a sábado, e ainda mais cedo aos domingos e feriados. Quem vai de Belo Horizonte, pode pegar o ônibus para São Paulo e descer em Camanducaia ou Cambuí. Para quem segue de Campinas ou do Rio de Janeiro, é preciso fazer baldeação em outras cidades. Para saber mais sobre essas opções, clique aqui.

Onde ficar

Há inúmeras opções de hospedagem em Monte Verde. Eu fiquei na Pousada Águia Dourada, localizada na Avenida Sol Nascente. Nessa mesma avenida há várias outras pousadas similares. Particularmente, meu marido e eu procurávamos um local que aceitasse animais. Encontrei muitas opções, mas achei a Águia Dourada mais interessante. 

Não me arrependo da escolha, gostei bastante do local. Fizemos um pacote com meia pensão, e valeu à pena. A comida era bem gostosa. A pousada dispõe de duas piscinas pequenas (sendo uma delas coberta e aquecida), sauna, salão de jogos, aparelhos de ginástica, e hidro spa coberto. Nos quartos, há lareira, TV a cabo, frigobar, telefone e internet wireless gratuita (e em alguns deles também banheira de hidromassagem). 

No Guia Monte Verde, é possível fazer uma pesquisa determinando os requisitos mínimos que você procura na hospedagem (como aceitar animais, por exemplo). Para acessar, clique aqui.

O que fazer

Além de descansar e curtir o que a pousada oferece, em Monte Verde as opções de lazer são dar umas voltas pelo centrinho, fazer trilhas, passeios a cavalo e roteiros de aventura. No distrito, há também uma pista de patinação no gelo.

As principais trilhas são as que levam às pedras da região, de onde se têm belas vistas. São elas Pedra Partida, Pedra Redonda, Chapéu do Bispo, Platô e Pico do Selado. Como pegamos alguns dias de chuva, conseguimos fazer apenas uma dessas trilhas. Optamos pela Pedra Redonda, cujo percurso dura cerca de 1h30 e não apresenta grandes dificuldades. De lá se vê o próprio distrito de Monte Verde e a cidade de São José dos Campos. Não há necessidade de acompanhamento de guia turístico.


Os acessos à Pedra Partida e ao Chapéu do Bispo ficam próximos à Pedra Redonda. Para quem quer alcançar o ponto mais alto de Monte Verde, o ideal é a trilha do Pico do Selado. No entanto, esse percurso, que dura cerca de 2h, apresenta maior grau de dificuldade. Em cidades próximas, há ainda outras opções para os apreciadores do ecoturismo, como a Cachoeira dos Pretos, em Joanópolis, por exemplo.

Há muitos guias e empresas que oferecem passeios de aventura pela região. Na Monte Moto, você pode alugar quadriciclos, motos ou jipes para explorar os arredores de Monte Verde com o apoio de guias especializados.

No circuito Fazenda Radical, na estrada Camanducaia/Monte Verde, o visitante encontra duas tirolesas que totalizam 925 metros de extensão. Já no Espaço Adélia, na entrada da vila, é possível praticar aborismo, arco e flecha, escalada, tiro ao alvo e até mesmo paintball. O local conta ainda com uma galeria de artes, área de eventos e espaço para crianças.

Para quem gosta de andar a cavalo, logo no início da Avenida do Sol é possível contratar um passeio. Eu curto cavalos, mas não este tipo de passeio. Em geral, os animais me parecem muito maltratados, e em Monte Verde não achei diferente. Já a patinação no gelo, que também não experimentei, fica na Avenida Monte Verde, 1643.

Outro atrativo turístico é o aeroporto, considerado um dos mais altos do país (a 1.600 m de altitude) e próprio para pouso de pequenos aviões. De seu mirante, é possível enxergar toda a a vila e as montanhas do entorno. O acesso pode ser feito de carro.

Compras

Em Monte Verde, as compras giram em torno do artesanato, desde peças para casa, como colchas, jogos americanos, pesos para porta e caixas decoradas, entre outras, até itens como sabonetes e velas artesanais. Também é fácil encontrar artigos alimentícios, tais como queijos e doces mineiros, cachaças, bolos e geleias. Há ainda muitas lojas que vendem roupas e acessórios de malha e tricô. A maioria das lojas fica na Avenida Monte Verde. Há ainda a cerveja artesanal produzida pela Fritz. Aliás, é possível fazer um tour pela fábrica e conhecer o processo de fabricação da bebida, na Rua Rolinha, 40.

Atenção! Monte Verde tem apenas uma agência do Bradesco. Se você trabalha com outros bancos, o ideal é levar uma certa quantia em dinheiro. Obviamente, quase todas as lojas da vila já trabalham com cartões de débito e crédito, mas conversando com vendedoras de um estabelecimento por lá, fiquei sabendo que em um feriadão a rede caiu completamente em Monte Verde (se eu não me engano, por conta de um acidente

Onde comer e beber

  • Chopp do Fritz
Localizada no número 40 da Rua Rolinha, é especializada em pratos e tira-gostos tipicamente alemães, como combinados de salcichas, o eisbein (joelho de porco), e o kassler (pedaços de carne de porco), entre outros, embora ofereça outras opções como picanha, filé mignon e até mesmo salada. Mas o forte da casa, obviamente, são as cervejas artesanais: Klar, Natur, Köelsch, Dunkel e Weizen. Para saber mais sobre os produtos e sobre as chopperias (foram inauguradas quatro filiais em municípios paulistas), clique aqui. O lugar é muito legal!

Destaque para a temperatura, à noite, em pleno Carnaval: 16,8...



  • Mont Vert - A Casa do Fondue
Situado também na Rua Rolinha, 71 (em frente ao Chopp do Fritz), o restaurante tem entre seus destaques o fondue mix "duas caras", de chocolate branco e preto, e o fondue de carne na pedra (gerando menos fumaça e incômodo para os clientes). Para quem faz questão do método tradicional, o fondue de carne também pode ser feito no óleo. Todas as noites, há rodízio de fondue, com filé mignon, truta, filé de frango, queijos, chocolate e frutas, além das opções a la carte. Uma delícia! Lá provamos um excelente vinho, que encontramos à venda depois na Galeria Vila Europa, na esquina da Avenida Monte Verde com a Rua Rolinha.


  • Villa Donna Bistrô e Café Bistrô
Embora eu não tenha almoçado em nenhum dos dois restaurantes, o cardápio de ambos me pareceu bem interessante. O Café Bistrô (Shopping Inverness - Avenida Monte Verde, 1000) tem no menu nhoque recheado, truta e filé mignon. Já o Villa Donna Bistrô (Galeria Vila Europa - Avenida Monte Verde, esquina com Rua Rolinha) conta com pratos como nhoque de madioquinha e risoto de cogumelos frescos, além de massas, caldos, carnes, aves e peixes.

Observação: Há diversas opções de restaurantes ao longo da Avenida Monte Verde.

Até a próxima!
 
Fotos: Karine e Leandro Iglezias